20/08/2025
Comitê do rio Paranaíba avança na integração de agendas e estratégias para a revisão do Plano e Enquadramento
GERAL

Nos dias 13 e 14 de agosto de 2025, a Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia (GO), sediou a 10ª reunião do Grupo de Trabalho de Revisão do Plano e Enquadramento do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba (CBH Paranaíba). O encontro teve como foco o alinhamento de estratégias para o desenvolvimento do Plano Integrado de Recursos Hídricos (Pirh) da bacia.
O coordenador do GT, Wilson Shimizu, destacou o momento como uma etapa chave para buscar sinergias com as políticas existentes e setores: “Começamos a enxergar as oportunidades e a importância de construir interlocuções com diversas instituições. Isso potencializa o plano e amplia sua efetividade”.
Entre os principais pontos abordados, esteve a articulação com diferentes agendas setoriais, apresentada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Para o vice-presidente do CBH Paranaíba, Fábio Bakker, o GT deve ir além do papel de acompanhamento técnico: “A ANA abriu uma oportunidade importante. O desafio agora é cada membro se apropriar desse processo e construir pontes com iniciativas já existentes nos territórios”.
O Coordenador de Gestão de Projetos da ANA, Márcio de Araújo Silva, compartilhou experiências e reforçou que o orçamento do plano pode ser também uma ferramenta de articulação institucional. “Precisamos criar espaços de aproximação com setores como saneamento e irrigação, para pensar juntos a bacia. A ideia é formar grupos estratégicos e buscar fontes diversas de financiamento para fortalecer a chamada agenda azul”.
Durante a reunião, também foram apresentadas as contribuições finais para o prognóstico do Pirh, além dos resultados processados das reuniões conjuntas sobre alternativas de enquadramento e plano de ação. Ao longo dos dois dias, o GT reafirmou o compromisso com a construção de um plano integrado, participativo e construído “de baixo para cima”, considerando as realidades e contribuições dos comitês de bacias afluentes, que estiveram presentes na reunião.
“O fortalecimento do diálogo com os afluentes é essencial para garantir a legitimidade e a efetividade do plano”, concluiu o coordenador Wilson Shimizu.