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COMUNICAÇÃO

Expedição ao Rio Paranaíba

15/10/2014

Expedição ao Rio Paranaíba

A Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba tem um papel fundamental para a vida de milhões de pessoas. Considerando a situação hídrica vivenciada no Brasil, alvo de constante debate entre diversos órgãos, entidades, mídia e população em geral, o CBH Paranaíba realizou visita técnica à região em que nasce o rio, na Serra da Mata da Corda, no município de Rio Paranaíba.

A diretoria do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba e o Presidente do CBH AMAP - Afluentes Mineiros do Alto Paranaíba, Antônio Geraldo, acompanhados de analistas ambientais e técnicos da Copasa, estiveram na quinta-feira (09) na região que dá origem ao rio. O intuito principal foi avaliar a situação da nascente, e também conhecer melhor o sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da cidade de Rio Paranaíba.

O primeiro ponto do roteiro foi a cidade de Patos de Minas, na qual o Presidente do CBH Paranaíba concedeu entrevista a um canal de televisão local sobre a preocupante situação que a região vive atualmente. Bento de Godoy Neto salientou a importância estratégica da cidade na preservação do rio, haja vista que ela se encontra próximo à nascente principal e, apesar do porte populacional que já adquiriu, ainda não possui sistema de tratamento de esgoto.

Os problemas com esgotamento sanitário em tempos de vazão extremamente reduzida prejudicam amplamente a qualidade das águas do Rio Paranaíba, ocasionando, inclusive, casos de mortandade de peixes na região, além de incentivar uma cultura de não-preservação nos moradores.

O período de estiagem é preocupante em vários sentidos, afetando a qualidade e, principalmente, a quantidade de água. No mês de setembro a cidade de Rio Paranaíba passou por uma séria crise de abastecimento. “O período de estiagem está ultrapassando todas as previsões, a capacidade de captação é de 40l/s e hoje está operando com apenas 14l/s”, informou Agnaldo da Silva, Técnico da Copasa. 

O problema foi sanado de forma momentânea por meio da utilização de outra fonte de abastecimento, no entanto, uma fonte definitiva está sendo analisada para sanar perenemente a situação. Visto que, de acordo com a Copasa, há anos vem ocorrendo um crescimento populacional na cidade, fazendo com que a quantidade de água fosse se tornando limitada, acrescido à falta de chuvas, circunstâncias que culminaram na escassez vivenciada pela população local. 

A visita à região mostrou o quanto as mãos humanas ainda têm impacto negativo sob os recursos hídricos. De acordo com Bento de Godoy, há muito a ser feito: “É preciso chamar a atenção do poder público, principalmente para a questão de conservação das nascentes e também de tratamento de esgoto.” 

Fica claro que a seca traz impactos ecológicos e econômicos de alto nível: na região já foram constatados prejuízos à agricultura, foi dado sinal de alerta à mineração e a população de diversas cidades da bacia têm sofrido com o racionamento e crises no fornecimento de água. Porém, muitos fatores encontram-se ao alcance do poder público e da comunidade. Preservação é a chave para reverter a inquietante situação.

 

O Comitê tem a perspectiva de intermediar, junto aos órgãos competentes, a viabilização de ações que promovam, de fato, a conservação dessa região.

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